IRRIGAÇÃO POR SUPERFICIE: SULCO E INUNDAÇÃO
INTRODUÇÃO
A irrigação por superfície foi o primeiro método de irrigação a ser usado pelo homem. Há 6000 anos as civilizações da Mesopotâmia, egípcia e chinesa já empregavam esse método de irrigação, ainda que de forma rudimentar. Em 1980, cerca de 16% das terras cultivadas no mundo eram irrigadas, sendo 105 por superfície e 6% por outros métodos.
Em 1982, o Estado de Minas contava com uma área irrigada de 123000 há, dos quais 74% eram irrigados por superfície. Em 2004, no Brasil, aproximadamente 1700000 há são irrigados por superfície.
IRRIGAÇÃO POR SUPERFICIE
È um método de irrigação não-pressurizado em que a água se movimenta por gravidade diretamente sobre a superfície do solo, de canais ou tubos janelados, até qualquer ponto de infiltração, exigindo, portanto, áreas sistematizadas e com declividade de 0 a 6%, de acordo com o tipo de irrigação. Não é recomendado para solos com alta permeabilidade, por proporcionar grandes perdas por percolação, e para solos instáveis, pela formação de crateras quando molhados.
Devem-se evitar áreas com declividade, acentuadas e superfície do solo desuniforme, pois o gasto com sistematização para adequação da área ás exigências desse sistema seria muito alta, além da possibilidade de exposição do subsolo. Devido á forma de distribuição de água, é um método de irrigação que consome mais água quando comparado com os outros sistemas, em razão da menor eficiência de aplicação e distribuição de água, decorrente de grandes perdas durante a aplicação. Isso ocorre por dois principais motivos: falta de combinação adequada das variáveis comprimento de área, declividade da superfície do solo, vazão aplicada e tempo de aplicação; e manejo deficiente.
VANTAGENS E LIMITAÇÕES
As principais vantagens do método de superfície são: menor custo fixo e operacional; requer equipamentos simples; não sofre efeito de vento; menor consumo de energia quando comparado com