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Historicamente, a ciência tem tido uma relação complexa com a religião; doutrinas religiosas por vezes influenciaram o desenvolvimento científico, enquanto o conhecimento científico tem surtido efeitos sobre crenças religiosas. A visão do ser humano sobre os deuses influencia a visão dele sobre natureza e vice-versa, já que o ser humano é um ser integral. Um ponto de vista descrito por Stephen Jay Gould como magistérios não-sobrepostos (ou não interferentes) - em inglês Non-Overlapping Magisteria (NOMA) - é que a ciência e a religião lidam com aspectos fundamentalmente distintos da experiência humana, e desta forma, quando cada uma delas permanece em seu próprio domínio, elas coexistem de maneira pacífica.3 Outra visão conhecida como a tese do conflito, afirma que a religião e a ciência inevitavelmente competem pela autoridade sobre a natureza da realidade, de forma que a religião está gradualmente perdendo a guerra contra a ciência ao passo que as explicações científicas tornam-se mais poderosas e gerais.4 Esta visão foi popularizada no século XIX por John William Draper e Andrew Dickson White.
Ciências e religiões: construções humanas[editar | editar código-fonte]
A religião e a ciência são construções humanas, que variam com o tempo. Dentro de qualquer religião há uma variedade de posicionamentos, ramificações, segundo as diversas interpretações que fazem das escrituras que consideram sagradas, inspiradas por deus ou deuses, e geralmente tidas como revelações diretas deste(s) ao homem. Há uma multiplicidade muito grande de pareceres teológicos dentro de cada religião, acompanhando assim a variedade de formas com que o ser humano