Investimento e sustentabilidade
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A chamada teoria de mercados eficientes fundamenta que todo o valor de uma empresa está assimilado em seu preço real de negociação. Ou seja, o preço de um ativo reflete seu real valor no mercado. Isto cria a condição de que para um mesmo nível de risco assumido, a rentabilidade será sempre a mesma. Ao mesmo tempo, as empresas recebem exatamente o valor mais justo pelos seus títulos. Essa hipótese é uma das mais debatidas entre os teóricos de finanças, principalmente dentro de correntes como finanças comportamentais, que incorporam elementos de psicologia e sociologia para explicar que investidores (e pessoas em geral) não tomam decisões sempre racionais (Kahneman e Tversky 1979): Existe evidência empírica do comportamento irracional dos investidores e mercados e, potencialmente, das “anomalias” dentro da hipótese de mercados eficientes. Este fato é reconhecido e utilizado por investidores e especuladores que trabalham buscando essas assimetrias de informação, que resultam em ganhos acima da média do mercado. O sucesso do investidor Warren Buffet, que uma vez afirmou “eu seria um mendigo nas ruas se os mercados fossem sempre eficientes”, é mais um desafio à hipótese de mercados eficientes, uma vez que seus rendimentos, e de alguns outros investidores, superaram os ganhos do mercado no longo prazo, criando a evidência de que as anomalias existem e podem ser utilizadas para gerar ganhos acima daqueles esperados para um determinado patamar de risco (Martin e Puthenpurackal 2008).
Warren Buffet fez sua fortuna entendendo as anomalias de mercado. Como um investidor de longo prazo,