investimento direto
Ao longo da ultima década o passivo externo brasileiro sofreu transformações estruturais. Conforme ilustrado no gráfico abaixo.
A participação de investimentos estrangeiros diretos e de ações passou de 37%, em dezembro de 2002, para 69%, em junho de 2013, enquanto a representatividade do endividamento externo (empréstimos, títulos e demais instrumentos) recuou de 63% para 31%.
O Brasil figura como importante país receptor de capital estrangeiro e investidor no exterior. Em 2011, os estoques de IED e de IBD atingiram US$695 bilhões e US$206 bilhões, respectivamente, quatro e duas vezes os valores registrados em 2005.
Ainda sobre concentração, o índice de Hirschman-Herfindahl (IHH)por país do investidor imediato atingiu 13,7%, em 2011, enquanto o IHH por país final situou-se em 8,7%.
A diferença entre os dois índices, dependendo da definição de pais do investidor utilizada, evidencia a relevância dos investimentos diretos no Brasil provenientes de países que atuam como simples passagem para o capital, concentrando grande parte do investimento no Brasil.
No que se refere a investimentos brasileiros diretos no exterior, considerado o país de destino imediato, o IHH recuou de 18%, em 2001, para 12,3%, em 2011.
Valores interpretados, respectivamente, como concentração moderada e não concentrado.
A participação do IED do Brasil no total dos estoques mundiais passou de 1,6%, em 2000, para 3,3% em 2011. Note-se que a representatividade dos estoques das economias em desenvolvimento aumentou de 24,4% para 36,7%, no período, destacando-se China, Brasil, Rússia e Índia.
A razão entre o estoque de IED e o PIB aponta aumento da importância do capital estrangeiro tanto em economias em desenvolvimento quanto em desenvolvidas, nas quais a relação atingiu 28,6% e 30,4%, respectivamente, em 2011 (25,3% e 22,8%, em 2000).
No mesmo período, a razão IED/PIB aumentou 9,1 p.p., para 28,1%, no Brasil, ante expansão