Inventários de Fauna
Entretanto, vários problemas têm sido observados em diversos níveis relacionados aos inventários de fauna no Brasil e vão desde a formação de recursos humanos até a ausência de padronização de desenho experimental, de seleção de métodos e profissionais inadequados. Muitas vezes em relatórios de consultoria ambiental é possível encontrar falhas graves por falta de conhecimento do profissional, que se acha competente para fazê-lo, mas é apenas habilitado, e que há uma grande diferença em suas conceituações e ocorrência de negligência, tanto pelas empresas quanto pelos órgãos ambientais responsáveis, que acaba dificultando o trabalho de analistas ambientais em apresentar conclusões mais precisas. São apresentados estudos de caso com mamíferos, répteis, anfíbios e peixes, nos quais são discutidos problemas como variabilidade temporal e métodos para detecção de fauna terrestre, sugerindo que tanto os inventários quanto os programas de monitoramento devam se estender por prazos maiores e que os inventários devem incluir diferentes metodologias para que os seus objetivos sejam plenamente alcançados. O dossiê ainda faz uma “crítica” à legislação brasileira que por ter uma das leis mais avançadas, não consegue exercê-las efetivamente além de algumas controvérsias.
Outro aspecto analisado foram as armadilhas fotográficas, que vêm sendo utilizadas desde o início do século XX e podem ser consideradas ideais para o monitoramento da abundância relativa de mamíferos de médio e grande porte O uso de armadilhas fotográficas mostra-se particularmente útil no estudo de espécies com hábitos noturnos, furtivos ou que ocorram em baixas densidades, pois permite o monitoramento de diversos