Invasao cultural norte americana no brasil
Será que os diferentes povos que compõe essa aldeia global conseguirão manter, daqui para frente, a riqueza contida em suas diversidades culturais? Ou será que o atual processo de mundialização da cultura norte-americana deixará todos eles com a mesma cara dos USA? O que acontecerá com a cultura brasileira, se até agora ainda estamos construindo nossa própria identidade cultural?
Para responder a essas perguntas, a autora Júlia Falivene Alves transforma seu livro, A Invasão Cultural Norte-Americana (Editora Moderna, 2004), em um verdadeiro manifesto antropofágico [cultura comendo cultura], sem ufanismos e com alto teor crítico multifacetado. A autora percorre as variáveis que compõe a cultura brasileira, denunciando as conseqüências da invasão cultural norte-americana no Brasil.
O mais grave nesse manifesto é a característica subliminar da invasão. Como se fosse um vírus, infiltrado dentro de nossas mentes. São invasores invisíveis, confundem-se com nossos valores, nossas crenças e nosso estilo de vida. Os invasores estão em nosso tênis (Nike), em nosso som (Punk Rock), são nossos ídolos (Nirvana), estão nos filmes (Star Wars), na nossa comida (McDonald's), na nossa bebida (Coca-Cola), nos nossos apelidos (baby), nos desenhos animados (Scooby-Doo), nos nossos sonhos (Hawaí), enfim. Indubitavelmente somos hospedeiros culturais made in USA.
O livro A Invasão Cultural Norte-Americana, percorre a história buscando a origem da doença. A autora mostra que desde o início de nossa industrialização, somos mantidos por capital estrangeiro, principalmente americano. O imperialismo americano mostra-se na desigualdade do intercâmbio econômico, na qual o Brasil é mero fornecedor de matérias-primas e alimentos e importador de manufaturados, tecnologia e capitais dos Estados Unidos.
Os USA tem o poder de influir sobre os assuntos de interesse público no