introdução
A alimentação adequada em qualidade e quantidade é fundamental para crianças e adolescentes em idade escolar, pois fornece a energia e os nutrientes necessários para o crescimento, desenvolvimento e manutenção de um bom estado de saúde. Se, por um lado, o consumo insuficiente aumenta o risco de desnutrição e deficiência de micronutrientes, por outro lado, o excesso alimentar está associado ao desenvolvimento de obesidade e comorbidades, incluindo hipertensão, dislipidemia, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Os alimentos disponíveis no ambiente escolar podem diferir de acordo com a dependência administrativa da escola. Em escolas públicas, a alimentação é garantida pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conhecido como merenda escolar, o qual prevê o fornecimento de refeições adequadas do ponto de vista nutricional, com alimentos que respeitem a cultura e tradições locais, assim como a inclusão da educação nutricional no processo de ensino e aprendizagem. Já em escolas privadas, alimentos são comercializados em refeitórios e cantinas, que costumam ofertar itens excessivamente calóricos e ricos em gorduras saturadas e trans, sódio e açúcar, como balas, pirulitos, salgados fritos e refrigerantes. Esta realidade foi descrita num estudo conduzido na cidade de São Luís capital do estado do Maranhão que comparou a ingestão alimentar de 570 escolares das redes pública e privada de ensino utilizando 24 horas, algumas diferenças estatisticamente significantes foram observadas. Farinha, farofa, caldos e sopas foram mais consumidos por alunos de escolas públicas, enquanto leite, refrigerantes, sucos naturais, hortaliças, salgados, pasteis, pizzas, salgadinhos de pacote, bolos e queijos foram mais consumidos por escolares da rede privada. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012), realizada pelo IBGE -Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em parceria com o Ministério da