Introdução a uma sociologia reflexiva.

Centro de Estudos Sociais Aplicados
Curso de Serviço Social
Pesquisa em Serviço Social II

Síntese

Introdução a uma sociologia reflexiva.
Pierre Bourdieu.

Fortaleza, Ceará. Junho de 2011

Ensinar é um oficio.
Gostaria de dizer, Ed passagem, que, entre as várias atitudes que desejaria poder inculcar, se acha a de ser capaz de aprender a pesquisa como uma actividade racional e não como uma espécie de busca mística “pág. 18”.
Uma exposição sobre uma pesquisa é um discurso em que a gente se expõe, no qual se correm riscos, quanto maior a exposição, mais possibilidades existem de tirar proveito da discussão “pág. 18”.
O cume da arte, em ciências sociais está sem dúvida em ser-se capaz de por em jogo coisas teóricas muito importantes a respeito de objectos ditos empíricos, muito precisos, frequentemente menores na aparência e até mesmo um pouco irrisórios. “pág. 20”
O que conta, na realidade, é a construção do objecto, e a eficácia de um método de pensar nunca se manifesta tão bem como na sua capacidade de constituir objectos socialmente insignificantes em objectos científicos...”pág. 20”
É preciso saber converter problemas muito abstratos em operações científicas inteiramente práticas...”pág. 20”
Nesse processo, os preceitos abstratos, é preciso construir o objeto, é preciso por em causa os objetos pré construídos, ainda que tenham a faculdade de despertar a atenção e de por de sobreaviso, não prestam grande ajuda...”pág. 21”
Só se pode realmente dirigir uma pesquisa com a condição de fazer verdadeiramente com aquele que tem a responsabilidade direta dela. “pág. 21”
Não se pode pois, tanto como em outros domínios, confiar nos automatismos de pensamentos ou nos automatismos que suprem o pensamento, ou ainda nos códigos de boa conduta científica; deve-se pois contar sobre tudo para se obter práticas adequadas, com os esquemas incorporados do hábitus. “pág. 23”
O hábitus científico é uma regra feita homem, ou melhor, um modus operandi