Introdução a Antropologia
O saber antropológico teve seu inicio com a colonização, conforme os paises da Europa iam expandindo suas fronteiras, entravam em contato com outras culturas e outras etnias, o que despertou certa curiosidade. Principalmente com a descoberta da América, os habitantes desse novo mundo intrigavam os viajantes, pelos seus costumes, cor da pele, falta de pelos. Existiram vários relatos acerca dos índios, alguns viajantes os considerava "Bons selvagens" por acharem suas práticas caridosas, admirarem seu modo de conviver com a natureza, e outros viajantes os considerava "maus selvagens" devido a falta de um estado igual ao que eram acostumados, pelas práticas alimentares, como a ingestão de carne crua, o que era relacionado a prática do canibalismo- e o modo de se relacionarem. As dúvidas mais freqüentes eram relacionadas à religião. Esses colonizadores se questionavam se os selvagens teriam alma, e se poderiam ser submetidos a pratica do catolicismo. O estudo do homem nos seus primórdios, antes de serem feitas pesquisas de campo, era realizado em duas etapas; os viajantes missionários e comerciantes relatavam o que encontravam em outros países e esses relatos eram enviados a outra pessoa, que os analisava e montavam suas teorias. Com o tempo essas pessoas que analisavam os relatos começaram a questionar se não haviam ocorrido julgamentos prévios a cerca das fontes que a eles eram entregues. Foi a partir dos estudos de campo de Franz Boas e Bronislaw Malinowski que se consolidaram as mudanças na etnografia, dai passou a se praticar os métodos intensivos de investigação e a observação participante. Com o surgimento do Positivismo e a teoria do Darwinismo social, a Europa como sendo o ultimo estágio da evolução humana, os povos colonizados deixaram de ser entendidos como “selvagens” - condição que os deixava fora da humanidade