Introdução biblica
Capítulo 7. O desenvolvimento do cânon do antigo testamento
A Bíblia é um livro escrito e coligido ao longo de quase dois mil anos, sem que seus autores e primeiros cristãos estivessem conscientes de como cada capítulo escrito se enquadraria no plano global.
Distinções importantes
Deus inspirou os livros, o povo original de Deus reconheceu-os e coligiu-os, e os crentes de uma época posterior distribuíram-nos por categorias, como livros canônicos, de acordo com a unidade global que neles entreviam. Eis o resumo da história da canonização da Bíblia.
Os três passos importantes no processo de canonização
Inspiração de Deus: Deus deu o primeiro passo no processo de canonização através da inspiração do texto.
Reconhecimento por parte do povo de Deus: Uma vez que Deus houvesse autorizado e autenticado um documento, os homens de Deus o reconheciam. Esse reconhecimento ocorria de imediato, por parte da comunidade a que o documento fora destinado originariamente. A partir do momento que o livro fosse copiado e circulado, com credenciais da comunidade de crentes, passava a pertencer ao cânon. Coleção e preservação pelo povo de Deus. O povo de Deus entesourava a Palavra de Deus. Os escritos de Moisés eram preservados na arca (Dt 31.26). As palavras de Samuel foram colocadas "num livro, e o pôs perante o Senhor" (1Sm 10.25. Os crentes do Novo Testamento possuíam todas as "Escrituras" do Antigo Testamento (2Tm 3.16), tanto a lei como os profetas (Mt 5.17).
A diferença entre os livros canônicos e outros escritos religiosos
A diferença essencial entre escritos canônicos e não-canônicos é que aqueles são normativos (têm autoridade), ao passo que estes não são autorizados. Os livros inspirados exercem autoridade sobre os crentes; os não-inspirados poderão ter algum valor devocional ou para a edificação espiritual, mas jamais devem ser