Introdução ao Novo mundo
Algumas versões alternativas são utilizadas pela corrente antiimperialista, como a necessidade de expansão dos investimentos como principal agente propulsor do expansionismo e da obtenção de territórios exclusivos do ponto de vista comercial, todavia esta noção é desconstruída com um conjunto de constatações; talvez a mais importante delas esteja no baixo volume de capital aplicado nas áreas conquistadas pelos impérios. A exemplificação da Inglaterra que destinou a maior parte de seus investimentos para as colônias de povoamento já existentes confere contornos finais a esta hipótese.
O fator econômico ainda que descartado o seu lado investidor como o grande incentivador do imperialismo, não perde em importância, sobretudo do ponto de vista da procura de mercados consumidores. Como Hobsbawm destaca, ainda que por algumas vezes esta busca tenha fracassado, a motivação derivada deste processo é inegável; assim é possível demarcar um conceito mais aproximado do movimento contido no período de 1875-1914, uma conseqüência da dinâmica econômica internacional estimulada pelas rivalidades entre potências e suas produções industriais, cada vez mais concorrentes e intensas.
A rivalidade mencionada é estendida quando o autor trata do caráter simbólico no qual o imperialismo estava imerso. O status de potência passou a estar atrelado a capacidade de cada nação em subjugar países, territórios e culturas, como Hobsbawm ressalta:
Uma vez que o status de grande potência se associou, assim, à sua bandeira tremulando em alguma praia bordada de palmeiras (ou, mais provavelmente, em áreas cobertas de arbustos secos), a aquisição de colônias se tornou um símbolo de status em si, independente de seu valor. ( HOBSBAWM,1988,P.102).
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