Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento – Vicente Del Rio
• Na década de 60, logo após a violenta e degradante (também na questão ambiental) II Guerra Mundial, que iniciaram as primeiras críticas e protestos sobre a qualidade do ambiente urbano; reivindicavam a reposição de áreas destruídas na guerra ou consideradas ‘deterioradas’ ou em decadência;
• Nos países de primeiro mundo, principalmente nos EUA, a classe média migrava para as cidades-novas onde tudo era planejado para o conforto; em contrapartida grandes áreas centrais se encontravam em situação de esvaziamento habitacional e comercial, os grupos menos favorecidos ocuparam esses locais deteriorados e abandonados e se formam os guetos e cortiços;
• Ignorando a população, seus valores e a estrutura existente, inclusive patrimônios históricos, iniciam-se grandes intervenções do poder público, de modo a viabilizar os mercados mobiliários e financeiros nessas áreas centrais – o governo comprava os prédios em situação de abandono e revendia a empreendedores dispostos a construir de acordo com que o poder público achava desejável;
• Com a remoção dos grupos de baixa renda e minorias étnicas, surgiram ondas de protesto e ‘lutas urbanas’, o que chamou atenção da opinião pública, da imprensa e também de estudiosos que passaram a criticar o modo de planejamento da época, seu distanciamento do mundo real, e o produto de suas intervenções, comprovando a importância dos valores e das relações sociais para os bairros de baixa renda e novas posturas profissionais passaram a ser adotadas.
• Na década de 60 o mundo despertou para a questão do patrimônio histórico, para os valores tradicionais, a produção vernacular, as culturas alternativas e uma maior consciência dos excessos do consumismo. O vernacular define-se como a linguagem, técnicas e valores transmitidos tradicionalmente na cultura de um determinado grupo social, sem sofrer maiores influências externas. A chamada corrente Neo-Vernacular se popularizou, pelo