Resenha Introdução ao Desenho Urbano no processo de planejamento – Capítulo 2 e 3
Introdução ao Desenho Urbano no processo de planejamento – Capítulo 2 e 3
Vicente Del Rio expõe inicialmente questões referentes ao Planejamento Urbano, suas definições e contextualização no Brasil, indagando se o Desenho Urbano seria um substituto ao Urbanismo ou até mesmo ao Planejamento Urbano devido as suas proporções atingirem a escala urbana. Após o pós-guerra, entre o fim dos anos 50 e durante os anos 60, como uma importante ferramenta estratégica para assumir posição de destaque no processo de desenvolvimento, foi dada uma maior atenção e sistematização do ambiente físico e com isso o aumento da demanda de planejadores. Foi nesse momento que o poder público passou a incentivar a criação e desenvolvimento do curso de planejamento. Os novos planos urbanos traçados não eram específicos, realizados através de estatísticas que generalizavam os dados tornando o resultado bem distante da realidade do cotidiano da população em termos urbano, físico-espacial e sociocultural. Paralelamente a esses acontecimentos os arquitetos no fim dos anos 60 preocupados com a identidade profissional resolvem intervir no tecido urbano formando-se planejadores urbanos e em meados dos anos 70 ocorreu uma redefinição que direcionou a prática da arquitetura para a ‘’criação do Lugar’’. Os departamentos das faculdades de Planejamento Urbano e Arquitetura passaram a qualificar os planejadores em temas de natureza físico-espaciais, design e estética, já os arquitetos receberiam qualificação para entender e intervir no entorno e no contexto urbano inserido. O curso de Desenho Urbano passou a ser multidisciplinar, englobando disciplinas de Arquitetura, Paisagismo, Planejamento, Sociologia, Antropologia e Psicologia devido à relação existente entre desenhar a cidade e seus espaços com os sistemas sociais. A complexidade do fenômeno urbano insere o Desenho Urbano em um nível interdisciplinar com temáticas referentes ao meio