INTRODUC A O historia

INTRODUÇÃO

Há mais de uma década, as grandes e médias cidades brasileiras, mas sobretudo as regiões metropolitanas, têm vivenciado um forte aumento da quantidade de veículos privados, a redução do número de usuários do sistema de transporte coletivo e a falta de planejamento para enfrentar os desafios da mobilidade urbana.
Na Região Metropolitana de Natal, onde se concentram 51% dos veículos que circulam no Estado, houve um acréscimo de 67% da frota de veículos nos últimos seis anos, saltando de 280 mil para 460 mil automóveis. Apenas em Natal, esse aumento representou 37%.
Segundo os dados do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Natal (SETURN) e do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte (DETRAN-RN), a frota de veículos na capital potiguar cresceu cerca de 15% desde o ano de 2008 e o de passageiros diminuiu 9,83%. A velocidade média dos ônibus decresceu consideravelmente, trafegando a 8 km/h em horários de pico.
O ciclo de desenvolvimento econômico com geração de renda, aliado a outros fatores tais como redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o estímulo ao uso do carro, fazem com que a aquisição do automóvel ou da moto tornem-se prioridades na vida dos brasileiros. Há uma margem para tornar ainda mais grave os congestionamentos de vias das principais cidades do país. Segundo dados da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), até 2030, 65% dos brasileiros se deslocarão em seu próprio veículo. Na década de 70, três em cada dez pessoas optavam pelo transporte individual e hoje esse número equivale a cinco em cada dez.
Em São Gonçalo do Amarante, em dez anos, o número de automóveis saltou de 1.983 para 7.760, quase quadruplicando no período. A cidade, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi uma das cinco cujo PIB teve maior crescimento entre 2007 e 2011, ficando atrás apenas de Baía Formosa, Arês, Carnaubais e Itajá, fortemente influenciado, segundo o Secretário de Tributação