INTRODU O Juros Do Brasil
Em face de um sistema financeiro competitivo e de um mercado financeiro cada dia mais oneroso e restritivo, as cooperativas de crédito despontam como uma alternativa para oferecer vantagens aos cooperados, diante do competitivo sistema financeiro.
Esse ramo é um dos mais dinâmicos do cooperativismo, sendo formado por instituições financeiras sob a forma de cooperativas, as quais têm como propósito a prestação de serviços financeiros aos associados, segundo o Banco Central do Brasil - BACEN (2008). Essas organizações não têm fins lucrativos, mas, sim o objetivo de propiciar crédito e prestar outros serviços financeiros aos cooperados, com autorização e fiscalização do BACEN, como observam Meloni (2005) e Geriz (2004).
As cooperativas de crédito são uma alternativa de acesso, sobretudo, ao microcrédito, com inúmeros benefícios. Desde atendimento personalizado, produtos específicos para as demandas dos associados, empréstimos e financiamentos com juros baixos, menos exigências, além de maior rapidez e flexibilidade nas operações, uma vez que essas sociedades se concentram na satisfação das necessidades das pessoas, principalmente se comparadas aos bancos comerciais que focam o lucro. E ainda, os resultados positivos – não somente resultados financeiros - dessas organizações constituem vantagens que podem compensar eventuais diferenças entre taxas cobradas por outras instituições financeiras.
Atualmente, essas cooperativas são importantes ferramentas de desenvolvimento em vários países. Conforme Pinheiro (2005), nos EUA, onde aproximadamente 25% da população é associada a uma cooperativa de crédito, funcionam mais de doze mil cooperativas. Os bancos cooperativos rurais financiam mais de 1/3 dos agricultores. A Alemanha possui em torno de quinze milhões de cooperados, sendo 20% de todo o movimento financeiro-bancário do país. O Rabobank, um banco cooperativo holandês, no meio rural atende a mais de 90% das necessidades financeiras. Em 2000, as cooperativas