Intervenções do enfermeiro à obesidade infantil
Quatro Pacientes Renais Crônicos Pré-Dialíticos e
Revisão da Literatura
Miguel Moysés Neto
Maria Estela Papini Nardin
Osvaldo Merege Vieira-Neto
Maria Terezinha I. Vannucchi
Edmundo Octavio Raspanti
Serviço de Nefrologia de
Ribeirão Preto (SENERP),
Ribeirão Preto, SP.
RESUMO
Introdução: A neurotoxicidade induzida por carambola em pacientes urêmicos tem sido relatada com freqüência em pacientes submetidos a tratamento dialítico. Um número crescente de pacientes urêmicos em tratamento conservador também tem sido descrito, com alguns evoluindo para óbito. Objetivo: Relatar casos de pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento pré-dialítico que ingeriram carambola, e também uma revisão da literatura pertinente. Métodos: Relatamos 4 casos de pacientes com insuficiência renal crônica não dialítica que ingeriram carambola. Os dados foram obtidos pelo exame clínico desses pacientes e também de seus prontuários. Resultados: O sintoma mais comum encontrado nos 4 pacientes foi o soluço incoercível. Outros sintomas também foram verificados, como vômitos, agitação psicomotora, distúrbios da consciência, convulsão tônico-clônica generalizada e agravamento da função renal por hipovolemia. No caso 1, o quadro clínico foi mais grave, a paciente apresentou convulsões no início e recobrou a consciência somente após ser submetida a 80 horas de hemodiálise. Os outros 3 pacientes se recuperaram sem intervenção dialítica. Conclusão: Pacientes com insuficiência renal crôni ca, mesmo pré-dialítica, devem ser alertados para não ingerir carambola. Esse papel de advertência deve ser assumido pelos médicos, enfermeiras e nutricionistas principalmente, além de todos os envolvidos no tratamento e seguimento de pacientes portadores de insuficiência renal em tratamento conservador ou dialítico. (J Bras Nefrol 2004;26(4):228-232)
Descritores: Intoxicação por carambola. Uremia. Neurotoxicidade. Insuficiência