Intervencionismo estatal x regulamentação preventiva: a busca pelo ponto de equilíbrio e o suporte oferecido pela macroeconomia
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Temos como ponto de partida para a execução da atividade proposta pelo docente, o texto que resume palestra proferida pelo presidente do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Márcio Pochmann, que após produzir uma síntese das possibilidades de diagnóstico sobre a crise econômica, posiciona-se ao lado da interpretação de que a crise de 2008, iniciada com a ruptura da bolha formada em torno do mercado imobiliário norte-americano, tem caráter estrutural e sistêmico, destacando a conexão hoje existente, que faz com que as economias nacionais sejam parte de um todo econômico global. A análise do professor e economista traça breve escorço histórico de forma a estabelecer alguns paralelos entre a crise de 2008, objeto de sua análise, e outras que ocorreram em momentos pretéritos e, tendo citado as crises de 1873, 1929 e 1973, aponta para o fato de que, apesar das crises proporcionarem excelentes oportunidades para a implementação de inovações no modelo econômico (e a crise de 2008 nesse aspecto não seria diferente), identifica certa insistência do Governo Brasileiro em adotar medidas que, embora eficazes em seu propósito, não são suficientes, por si só, para o enfrentamento da crise. Na medida em que a temática em discussão permeia a crise de 2008, permitimo-nos assistir ao filme “Inside Job” (“Trabalho Interno”), documentário que tem por proposta expor as vísceras da bolha imobiliária norte-americana, cuja ruptura colocou todo o mundo em recessão, decorrência da sucumbência das fronteiras nacionais em face do mercado de caráter global. Charles Ferguson demonstra que se tratava de uma situação perfeitamente previsível, destacando que importantes nomes do cenário econômico mundial prenunciaram as conseqüências que adviriam da mais completa ausência de regulamentação do mercado de derivativos e que algumas tentativas de regulamentação foram de plano rechaçadas pelo interesse das grandes corporações financeiras, organizadas em lobbies eficientes e