Intervencionismo do estado e as frentes populares

O intervencionismo do estado
A depressão dos anos 30 marcou o fim do capitalismo liberal triunfante no século XIX. Perante as fragilidades da economia liberal verificadas pelas frequentes crises, são os próprios teóricos do liberalismo que admitem um papel activo do estado na regulamentação das relações que se estabelecem no mundo laboral e na criação de condições favoráveis ao desenvolvimento das economias nacionais. Duvidando da capacidade auto-reguladora do mercado, tão cara aos pensadores mais liberais, consideravam ser a intervenção do estado a forma mais eficaz de corrigir desigualdades sociais e de evitar o agravamento das frequentes crises de capitalismo. De liberais, alguns economistas evoluem para intervencionistas.
O grande defensor da intervenção do estado na economia foi John keynes, economista britânico que criticou as politicas deflacionistas e defendeu a adopção de uma inflação controlada como forma de relançar os lucros das empresas e converter o ciclo vicioso da crise no ciclo vicioso de prosperidade. Os primeiros lucros das empresas abririam as portas a novos empregados. Estes, vendo o seu poder de compra aumentado, fariam aumentar a procura de bens, trazendo novos estímulos à produção. Por seu lado, a necessidade de aumentar a produção geraria novos postos de trabalho. Ao estado caberia acompanhar este incremento do emprego, transformando-se num novo e importante patrão com a adopção de políticas de investimento, de combate ao entesouramento e de ajuda às empresas em dificuldades.

O NEW DEAL americano
O NEW DEAL foi o programa de reformas sociais e económicas, inspirado no já falado modelo keynesiano, e aplicado pelo presidente Roosevelt, em 1933 nos Estados Unidos da América. Tinha objectivos como superar os efeitos da grande depressão originada pela crise de 1929, problema este a ser resolvido na primeira fase, e numa segunda fase a garantia do bem-estar da população americana
As primeiras preocupações referiam-se a resolver o problema