Interven o Familiar nas Doen as Cr nicas em Crian as
Familiar nas
Doenças Crónicas em Crianças
Docente: Professora Joana Sequeira
Discente: Sara Raquel Pereira
Contextos de Intervenção Sistémica
Coimbra, junho de 2015
Doença Crónica, Família e Intervenção
Segundo Sousa (2007, cit. em Ferreira, 2013), a doença crónica atinge milhões de pessoas havendo uma estimativa para a população mundial de crianças e adolescentes de cerca de 15% a 18%, com implicações para o desenvolvimento da própria criança e também para sua relação familiar. A definição deste conceito permanece controverso para a maioria dos autores, especialmente no que toca à faixa etária pediátrica. Ainda assim, o conceito mais atual é o que define doença crónica na criança como sendo uma desordem que tem uma base biológica, psicológica ou cognitiva com uma duração mínima de um ano e que produz uma ou mais das seguintes sequelas: limitações nas funções/atividades ou danos nas relações sociais, comparativamente a crianças saudáveis e com a mesma idade, tanto a nível físico, cognitivo, emocional e de desenvolvimento geral; dependência de medicação, aparelhos específicos e assistência pessoal; ou, por fim, necessidade de cuidados médicos, psicológicos ou educacionais especiais, ou ainda de um rearranjo da sua posição em casa ou na escola (Silva, 2001).
Segundo Romano (1997 cit. em Borges, 2003), é indispensável a participação da família quando um de seus membros adoece, pois há uma interferência no equilíbrio do sistema familiar. Walsh e McGoldrick (1998 cit. em Borges, 2003), afirmam que o choque de uma perda ou o diagnóstico de uma doença crónica, ao atingir uma família, faz exigências urgentes, como uma nova organização que deve ser estabelecida e que refletirá na identidade, na dinâmica e nos objetivos dessa família, talvez até mesmo de forma irreversível.
Tais mudanças consequentes, são propiciadoras de crises que advém principalmente do stress gerado pela alteração da rotina familiar, das redistribuições repentinas e forçadas dos
papéis