interpretação do documentário “Muito Além do Cidadão Kane” e o livro “A moderna tradição brasileira” de Renato Ortiz.

A televisão como é colocado no texto de Renato Ortiz, se concretiza como veículo de comunicação em meados dos anos 60, mas precisamente em 1964 com o golpe militar, que aumenta as medidas econômicas tomadas no governo Juscelino Kubitschek, conhecida pelos economistas como “a segunda revolução industrial”, no Brasil. No qual o governo reconhece a importância do meio de comunicação de massa e sua capacidade de difundir ideias. No área política isso significou repressão, tortura, exílios e censura, enquanto que no econômico aprofundou a política econômica desenvolvimentista iniciada por JK a partir da Segunda Revolução Industrial O estado passa a tratar a cultura de forma diferente, pois percebe que a cultura pode expressar valores contrario á vontade política do que estão no poder, então assim o governo militar cria a censura, que possui duas fases: uma repressiva, que diz não a muitas coisas, sendo ela é totalmente negativa, já a outra é a disciplinadora, que afirma e incentiva um determinado tipo de orientação.
O autor se preocupa em demonstrar que a indústria cultural no Brasil é fruto do desenvolvimento da industrialização e do capitalismo recente, focando principalmente em mostrar um passado recente discutindo a cultura, colocando em pauta uma sociedade que foi construída por uma realidade capitalista, mostrando o processo de firmeza de um mercado de bens culturais principalmente nos anos 1960 e 1970. A percepção da ditadura, que como é relatado no filme, no inicio da televisão ela só atingia as camadas mais altas, pois poucos tinham condições de ter TV em casa, então o governo viabilizou a compra te TV a prazo, na segunda década de ditadura o numero de pessoas que possuíam televisão em casa dobrou para milhões. A ditadura deu prioridade ao desenvolvimento da telecomunicação, com o objetivo de disseminar a idéia da segurança nacional, que tem como idéia central conceber ao estado como uma entidade política que detém o monopólio da coerção e o presidente