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Vale ressaltar que a cobertura dessas eleições tem nos feito refletir sobre a qualidade da democracia e sobre a representação política em seus mais variados aspectos.
Exemplo de como a mídia engrandece e configura a figura de alguns candidatos, é a candidata a presidência, Luciana Genro. No último debate, onde “atacou a "TV Globo" ao criticar a cobertura que a emissora adotou durante o primeiro turno das eleições, na primeira pergunta do debate realizado pela emissora na noite desta quinta-feira (2).
(...) Luciana começou o encontro dizendo que só conseguiu fazer parte do debate por força da lei eleitoral. "Durante toda a campanha a Globo só mostrou os três candidatos que não têm propostas para atacar as 5.000 famílias mais ricas", disse Luciana.
Baseado nesse exemplo, podemos iniciar a conclusão percebendo que existe uma manipulação intencional editorial dos grandes meios de comunicação de preservar interesses políticos e econômicos. Argumenta-se em toda análise que o poder das redes sociais foi o elemento propulsor das eleições 2014. Aqueles candidatos que possuem maior engajamento nos meios de comunicação são bastante privilegiados, e aqueles que são esquecidos são automaticamente silenciados. O exemplo da candidata Luciana Genro ilustrou toda essa afirmação, no que diz respeito ao direito de todos os candidatos se mostrarem e estarem ali para debaterem causas afins. A ausência de um candidato ou até mesmo o ofuscamento, causa um esvaziamento no debate, tornando-o confuso para os eleitores. Esses veículos são encarregados pela opinião pública e deveriam se legitimar pela imparcialidade, permitindo ao receptor, o entendimento do pensamento crítico. Embora, a mídia passou a assumir funções dos partidos políticos e escolhendo qual candidato é merecedor de destaque, interferindo no período eleitoral: é esse intermédio entre o emissor e o receptor que vivenciado dentro do meio político.