Intermitencias Analisee

1791 palavras 8 páginas
ANÁLISE AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE - SARAMAGO

Podemos afirmar que o livro é dividido em 3 partes das quais constituem dois núcleos. As duas primeiras partes (a pausa e a volta da morte) forma o primeiro núcleo; a terceira parte, história pela qual a morte se apaixona pelo violoncelista, mais especificamente, a representação da vida, constitui o segundo núcleo do livro. Esses dois núcleos apresentam em comum a carta agora enviada pela morte às pessoas que se encontram a caminho desta.

Com um forte tom irônico, o livro vai além da reflexão do ser humano sobre a vida e a morte. Traz também um crítica dura moderna a igreja, ao governo e principalmente a sociedade moderna, a qual vive numa chama “cultura do capital” e constitui as mais diversas e baníveis reações diante da pausa da morte.

O homem é o unico ser vivo que tem consciência de sua finitude. A morte trata-se de uma realidade implacável, porém não visível. E é isso que Saramago nos traz no segundo núcleo da história: a morte praticamente mora com o violoncelista sem que este a perceba.

ENREDO (Como a morte é vista nos 3 momentos do livro)

A história transcorre em um pais fictício, e decorre em cerca de 10 a 9 meses.

MOMENTO 1 - A PAUSA DA MORTE (marcado por um caos instaurado na sociedade)

A primeira parte da história é marcada pela intermitência da morte. A pausa é recebida em um primeiro momento como uma prece atendida, algo positivo, que chega até mesmo a aumentar o lado patriota da nação. Não se acreditava que ninguém morria. Porém, e não demora muito, rapidamente esse lado positivo decai sobre o caos social que a pausa da morte traria. As pessoas que supostamente deveriam morrer não apresentam melhorias nem pioras, entrando em um estado chamado de “morte suspensa”, paralelamente a vida de outras pessoas, que continuam tanto envelhecendo e se aproximando dessa nova forma de morte, quanto nascendo e aumentando drasticamente a população.
É nesta parte que temos a maior crítica a sociedade moderna:

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