Interfaces entre as profissões
Atualmente a Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma a considerar as desigualdades sócio territoriais, visando seu enfrentamento, a garantir os mínimos sociais e a universalizar os direitos sociais (PNAS, 2004) e é com a implantação do SUAS - Sistema Único de Assistência Social, que há o fortalecimento desse compromisso.
Uma vez que é o SUAS que define as bases e as diretrizes para a nova Política Nacional de Assistência Social – PNAS, sua implantação é o marco para uma nova forma de proteção daqueles que se encontram em uma situação de baixa capacidade material, simbólica e comportamental para enfrentar e superar os desafios com os quais se defrontam, ou seja, os que se encontram em vulnerabilidade social como bem conceitua o Dicionário de Termos Técnicos da Assistência Social (2007).
O trabalho a ser realizado no CRAS tem que privilegiar a dimensão socioeducativa na efetivação dos direitos relativos às seguranças sociais e deve provocar impacto na dimensão da subjetividade política dos usuários e na superação das condições de vulnerabilidade social e potencialidades de risco.
O compromisso social da Psicologia e de seus profissionais em nosso país efetivou-se verdadeiramente só no século XXI quando ela se volta para as políticas públicas, se colocando como uma psicologia para todos. Mesmo sendo regulamentada em 1962, era tida e mantida pela sociedade brasileira até meados da década de 80, como uma ciência guardiã da ordem, onde sua maior contribuição era a previsão e controle dos comportamentos.
Os movimentos de mudança na atuação profissional iniciam quando os psicólogos começam a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades, contribuindo para a diminuição da negligência, discriminação, exploração e violência. Assim os psicólogos realmente assumem a responsabilidade social desta ciência, e é pautado na responsabilidade social que o psicólogo pode atuar inserido no