Interdepend ncia Complexa e Soft Power na UE

QUESTÃO ÚNICA:
PODER E INTERDEPENDÊNCIA:
Keohane e Nye, observando a defasagem da análise tradicional realista, refutam tal tradicionalismo. O conceito de Interdependência Complexa surge então para demonstrar a fragilidade dessas análises tradicionais que visavam na Segurança Nacional o cerne das decisões. Sob esse princípio, as relações serão analisadas mais amplamente, seguindo os três pilares da análise sendo estes: a multiplicidade de interesses; a não hierarquização de uma agenda de prioridades (como no realismo sobre a questão da sobrevivência); e a diminuição do poder bélico como ponto decisivo na condução da política internacional.
Aplicando tal análise à atual situação da União Europeia podemos observar que o poderio militar de países mais poderosos no bloco (como França e Inglaterra, por exemplo) não foi suficiente para a decisão por medidas de austeridade no território grego. Para os tradicionalistas do realismo, o ponto chave para a supremacia do território grego seria a força bélica inferior. Porém, o princípio de multiplicidade de atores sob a perspectiva da Interdependência Complexa adota vários outros fatores a influenciar nas decisões do Estado. A matéria jornalística ainda salienta que uma nova abordagem do bloco deverá ser cautelosa, uma vez que a influência das decisões tomadas pela sociedade grega pode iniciar um processo gradual de descontentamento da sociedade pelos banqueiros. Essa análise, que insere nas discussões decisivas o medo de uma reação popular que enfraqueça esse capitalismo dos bancos, pode ser observada apenas sob a ótica da multiplicidade.
Contradizendo a análise tradicional das RI podemos observar que o poder de influenciar nas decisões dos outros Estados se torna mais amplo, quando observada a inverdade do poderio militar como único a pesar nestas. Os autores do livro Poder e Interdependência nos trazem ainda dois fatores que medem o grau de influência das decisões externas no ambiente doméstico, a Sensibilidade e a