Interações entre anestésicos locais e adjuvantes
CURSO DE FARMÁCIA
INTERAÇÕES ENTRE ANESTÉSICOS INALATÓRIOS E ADJUVANTES
SÃO GONÇALO, 12 DE NOVEMBRO DE 2012.
INTERAÇÃO ENTRE ANESTÉSICOS INALATÓRIOS E ADJUVANTES
Podemos determinar duas propriedades físico-químicas dos anestésicos inalatórios que prevêem seu comportamento. Primeira, o coeficiente de partição óleo/gás prevê a potência; um anestésico que tem um maior λ (óleo/gás) é mais potente e causa anestesia com menor pressão parcial.
Segunda, o coeficiente de partição sangue/gás prevê a velocidade de indução; um anestésico que tem um λ (sangue/gás) menor tem um tempo de indução mais curto. Em geral, há um equilíbrio entre indução rápida e potência elevada. Um anestésico que tem uma indução rápida, indicado por um pequeno (sangue/gás), costuma ter baixa potência, representada por um pequeno λ (óleo/gás). Ao contrário, um anestésico muito potente com um elevado λ (óleo/gás) costuma ter alto λ (sangue/gás) e, portanto, um tempo de indução longo. O halotano tem um alto λ (óleo/gás), propiciando alta potência e, portanto, baixa CAM; no entanto, o halotano também tem elevado λ (sangue/gás), que retarda a indução e a recuperação. O odor não-irritante do halotano o torna útil em anestesia pediátrica, mas ele está sendo cada vez mais substituído pelo sevoflurano nessa especialidade. Uma desvantagem do halotano é que seus metabólitos tóxicos podem causar hepatotoxicidade fatal. A incidência aproximada desse efeito adverso grave é de 1 em 35.000 adultos, mas é muito menor nas crianças; esse é outro motivo da manutenção do seu uso em anestesia pediátrica. Outro efeito adverso raro porém possivelmente fatal, mais freqüente com o halotano mas que por vezes ocorre com os outros anestésicos halogenados, é a hipertermia maligna. A susceptibilidade a essa reação adversa é hereditária, em geral uma mutação autossômica dominante nos canais de Ca2+ do retículo sarcoplasmático (também conhecido como receptor