Interação medicamentosa

1. INTRODUÇÃO

Para a prática clínica dos profissionais de saúde o fenômeno das interações medicamentosas constitui na atualidade um dos temas mais importantes da farmacologia. Estima-se que atualmente no mercado nacional exista cerca de 1.500 fármacos com aproximadamente 500 nomes comerciais, apresentados sob cerca de 20.000 formas farmacêuticas e embalagens diferentes. Nesse universo ao contrário do que se pensa, a utilização de vários e novos medicamentos não garante maior beneficio ao paciente, pois junto com as vantagens das possibilidades terapêuticas surge o risco dos efeitos indesejados devido as interações medicamentosas (SECOLI ,2001).

A estratégia da polifarmácia adotada por vários especialistas merece uma atenção especial, pois, consiste na prescrição de vários medicamentos, com a finalidade de melhorar a eficácia, reduzir a toxidade, ou tratar doenças co-existentes. Medicamentos são substâncias químicas que podem interagir entre si, com nutrientes ou agentes químicos ambientais e desencadear respostas indesejadas ou iatrogênicas (SERTIÉ, 1997).

Interações medicamentosas são definidas como a modulação da atividade farmacológica de um determinado medicamento pela administração prévia ou concomitante de outro medicamento (KAWANO et al., 2006).

Embora em alguns casos os efeitos dos medicamentos combinados sejam benéficos, mais freqüentemente as interações medicamentosas são prejudiciais e indesejáveis. Tais interações podem intensificar ou diminuir os efeitos de um medicamento ou agravar seus efeitos colaterais. Quase todas as interações do tipo medicamento-medicamento envolvem fármacos de receita obrigatória, mas alguns envolvem medicamento de venda livre, ou seja, sem receita médica, os mais comuns são a aspirina, antiácidos e descongestionantes (GOMES et al., 2000; OGA et al., 2002).

As respostas decorrentes das interações podem acarretar na potencialização do efeito terapêutico, redução da eficácia, aparecimento das reações adversas