Inten O Tica E Norma Moral
Como vimos anteriormente, nem todos os actos praticados pelo homem podem ser considerados acções.
As acções humanas pressupõem a liberdade e a inteligência. Dentro das acções humanas há acções que não são apenas conscientes e livres. Estas ultrapassam a esfera do próprio sujeito, afectam também os outros, ou seja aquilo que fazemos tem consequências nos outros.~
Por exemplo,
Devo denunciar um amigo que roubou?
Devo apoiar a pena de morte?
Devo considerar legítima a interrupção voluntária da gravidez?
Devo considerar legítima a fecundação artificial?
Devo considerar legítima a eutanásia?
Estes actos que são simultaneamente individuais (porque afectam o próprio sujeito) e sociais (porque afectam também os outros) são designados de actos morais.
Os actos morais estão sujeitos a regras e códigos a que vulgarmente chamamos normas morais.
As normas morais são normas de convivência social, guias da acção, pautas de conduta, o que devemos ou não fazer numa determinada situação, de forma a que a nossa acção seja considerada legítima sob o ponto de vista do bem e do mal, indicando-nos o que é certo e o que é errado, só assim um indivíduo se poderá considerar justo e feliz.
Nem todas as normas de conduta são normas morais.
As normas morais são possuidoras de determinadas características, a saber:
1. auto obrigação: significa que as normas morais impõem-se por si mesmas ao indivíduo, independentemente de qualquer autoridade exterior.
2. Universalidade: consiste no facto de as normas morais aparecerem como válidas para todos os seres humanos de mente sã.
3. Incondicionalidade: assenta no facto de as normas morais se imporem de modo absoluto e categórico, independentemente de qualquer outra finalidade/intenção.
Posteriormente, Aristóteles atribui-lhe um novo significado:
Ethos seria então o carácter (modo de ser) que se adquire através do hábito ou costume.
A palavra ethos traduz para os gregos a preocupação com as intenções/finalidades da