inteligencia artificial
“Nenhum computador tem consciência do que faz, mas na maior parte do tempo, nós também não” – Marvin Minsky
Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, guiando-se pela intuição e a dedução. Descartes disse uma vez “o Homem é uma máquina que pensa, sendo os músculos comandados pelo sistema nervoso”, expondo a crença de que algumas atividades humanas poderiam ser realizadas por máquinas, ainda que com algumas limitações. No entanto, para reproduzir a ação humana, não será necessário possuir consciência, atributo exclusivo do Homem? Ou será possível separar os afetos e a perceção do meio envolvente do ato do pensamento, tornando este uma mera conexão de caracteres pré-existentes e ao alcance de um modelo computacional?
Em resposta a esta teoria, John Searle apresentou o argumento hipotético do Quarto Chinês, onde este pretende mostrar que o implante de um programa de computador não é condição suficiente para obtenção de estados mentais genuínos. O individuo presente no quarto produz enunciados sintaticamente corretos mas que para ele não têm qualquer valor semântico, uma vez que ele não compreende o que produz.
A Inteligência artificial não terá atingido o ponto em que consegue construir um modelo computacional capaz de realizar conexões de algoritmos (uma vez que muitos dos que fazem parte da mente humana ainda não estão descobertos) que igualem o pensamento do Homem, dedicando-se neste momento ao estudo da nossa própria mente. Ter-se-á, no entanto, conseguido desenvolver o suficiente para que esta ciência se encontre ao dispor do Homem, principalmente ao nível da indústria, desenvolvendo também um trabalho ao nível das neurociências, o que será benéfico para a medicina.
Este desenvolvimento não terá só aspetos