Integração de Fusões e Aquisições
Tudo começa com uma “coisa boa”
“O que no passado era exceção tornou-se regra. Nenhuma empresa consegue escapar da necessidade de mudança, pois cresce em um ambiente onde estas acontecem rapidamente. Ela pode provocar ou somente submeter-se às mudanças, mas, de um modo ou de outro, deve mudar” (GROUARD e MESTON, 2001).
Imaginemos uma empresa, que vamos chamar de empresa A, que seja maior do que uma segunda empresa, que vamos chamar aqui de empresa B. As duas empresas atuam no mesmo segmento de mercado e são, basicamente, concorrentes. Essa empresa A tem mais funcionários, mais clientes e mais dinheiro que a empresa B. Por seu lado, a empresa B, mesmo sendo menor, tem uma “coisa boa” (um novo produto, uma nova tecnologia, um novo processo, um novo modelo de negócio, ou outra inovação), que a diferencia, gera receita e é valiosa. Essa “coisa boa” é muito desejada por outras empresas que até já tentaram copiar a empresa B, mas não foram bem sucedidas até o momento. Essa “coisa boa” é algo, portanto, difícil de copiar. Como consequência, a direção da empresa A, analisando o momento atual – com resultados excelentes do ponto de vista da participação de mercado, do volume de receita e da boa lucratividade – tomou a decisão de comprar a empresa B, por considerar ser esta a melhor forma de fazer a empresa A crescer. Portanto, nossa primeira premissa é que a empresa A compra a empresa B. Dessa forma, a empresa A teria acesso aos clientes da empresa B, que somados aos clientes existentes, tornaria a empresa A líder absoluta no mercado. E, obviamente, seria proprietária da “coisa boa” da empresa B.
Figura 1: Na natureza, e algumas vezes no mundo dos negócios, o peixe grande come o peixe pequeno.
O que acontece durante uma fusão entre empresas?
Em uma fusão parte-se do princípio que a empresa compradora (ou adquirente) – empresa A – está comprando a empresa B (ou