Instrumentalidade do Serviço Social
O Serviço Social após o Movimento de Reconceituação passou por uma ruptura com a visão conservadora e começou um novo caminho, mas este de caráter científico. Emergiu uma visão crítica da realidade buscando mais autonomia para a profissão, oportunizando novos conhecimentos para que pudesse construir seus objetivos e os objetos de sua intervenção, ou aprimorá-los.
Com o embasamento teórico seguido pelos preceitos de Marx sobre o estudo da realidade e todos os avanços que a categoria do Serviço Social obteve, surge como define (Netto, 1996): “a maturidade acadêmica e profissional do Serviço Social” que definiu três novas dimensões para o profissional seguir, hoje também conhecidas como o tripé da profissão. Competências: ético- política, teórico- metodológica e técnico- operativa.
Assim a instrumentalidade do Serviço Social possui um papel muito importante nessa lógica, é definida por Guerra (2011) da seguinte forma: “A instrumentalidade é compreendida como a capacidade e o conjunto de habilidades que os sujeitos profissionais adquirem para que possam responder às demandas que apresentam à profissão. É uma capacidade que se constrói e reconstrói no processo sócio histórico da profissão”. Sobre tudo a dimensão técnico- operativa possui caráter contributivo para a realização do trabalho do/a assistente social.
Apesar de ser descrita no parágrafo abaixo somente a dimensão técnico- operativa, não podemos desconsiderar as duas outras dimensões (ético- política e teórico- metodológica) e deixar esclarecido a importância das três dimensões serem trabalhadas juntas e de forma equitativa, pois caso contrário “cairemos na fragmentação e despolitização, tão presentes no passado histórico do Serviço Social”.(Carvalho e Iamamoto, 2005)
A dimensão técnica- operativa é importante para legitimar a profissão, escolhendo as técnicas e instrumentos adequados o profissional terá clareza