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Interdisciplinares, na cidade de Taguatinga, no subúrbio do
Distrito Federal, acontecia o curso “Homossexualismo: ajudando, biblicamente, a prevenir e tratar aqueles que desejam voltar ao padrão de Deus para sua sexualidade”, voltado exclusivamente para lideranças evangélicas.
Por volta das 21h30, os palestrantes Airton Williams e
Claudemiro Soares foram notificados a comparecer ao
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para prestar esclarecimentos sobre o curso. O deputado federal Jean Wyllys assumiu a autoria de uma das denúncias. Em entrevista exclusiva, um dos palestrantes,
Claudemir Ferreira Soares, conta sua história e alerta: “o movimento LGBT só se move em direção aos cofres públicos”.
Você se apresenta como ex-gay. Como foi esse processo de mudança?
Em primeiro lugar, é importante deixar claro o que devemos entender pelos termos “gay” e “ex-gay”. Ambos referem-se a identidades socialmente construídas. A identidade gay visa afirmar um estilo de vida de quem se adequa à prática do homossexualismo e não se incomoda com a atração por pessoas do mesmo sexo. Quanto ao termo “ex-gay”, ele só tem sentido no que se propõe a desconstruir a mítica identidade gay. Portanto, tanto os termos “gay” quanto “ex-gay” são afeitos exclusivamente ao campo das disputas ideológicas.
Quanto ao que você chama de “processo de mudança”, digo, de saída que, no meu caso, não houve nenhum
“processo”. Aconteceu de maneira instantânea, radical, completa e definitiva. Até os 22 anos, eu era tão gay quanto qualquer gay poderia ser. Assumi por volta dos 19 anos, mas fui iniciado no homossexualismo por volta dos 7 anos, e sentia atração por indivíduos do sexo masculino “desde que me entendia por gente”.