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Usos e costumes patriarcais
Donald Redford, John Van Seters, Thomas L. Thompson, importantes nomes no estudo do Antigo Testamento (AT), afirmam com veemência que as histórias do período patriarcal são na realidade criações fictícias produzidas no exílio babilônico e não possuem valor histórico. Esses são alguns dos autores utilizados pelas revistas parciais em suas matérias sobre o
Pentateuco, sendo que boa parte deles estão fundamentados nos trabalhos do alemão Julius Welhausen (1844-1918).
Um dos principais argumentos utilizados na defesa de uma data recente para a composição do material patriarcal (VII-V a.C) é a menção de camelos nas histórias de Abraão (Gn. 12:46), Isaque (24:10-11), Jacó (31:17) e José (37:25). Um dos maiores nomes da arqueologia no século passado, William F. Albright, afirmou que o uso de camelos no Gênesis deve ser considerado como um anacronismo. Um ótimo exemplo de anacronismo é o que aprendemos na escola: “Pedro
Alvares Cabral descobriu o Brasil em 1500”, mas o Brasil não se chamava Brasil em 1500! Em outras palavras, o que Albright disse é que a menção de camelos no texto bíblico é atribuir a ele algo que não é necessariamente real. Além dele, Speiser, autor de um excelente comentário sobre o primeiro livro do AT (The Anchor Bible), disse que a menção de camelos é no mínimo suspeita.
Porém, a arqueologia tem trazido à luz diversos documentos que mencionam a existência e domesticação de camelos no III e principalmente no II milênio a.C., a época em que a Bíblia situa a existência dos patriarcas. Um texto sumeriano do ano 2000 a.C. encontrado em Nippur, por exemplo, menciona não só a existência, mas também o leite de camelo. Ora, para se obter leite de um animal, ele deve ser domesticado! Foi encontrada também em Byblos a figura incompleta de um camelo ajoelhado datada entre os séculos XIX e XVIII a.C. Além desses exemplos, uma