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O comentário da jornalista afirma que o beijaço gay em culto não é apenas um, mas três crimes segundo o artigo
208 do Código Penal
A jornalista Rachel Sheherazade comentou em seu programa na rádio Jovem Pan o pedido de indenização feito por duas jovens que foram presas por se beijarem durante culto evangélico para “protestar” contra o deputado
Marco Feliciano que era o preletor da noite.
O fato aconteceu em 15 de setembro de 2013, e apesar de ter dado ordem de prisão para as garotas – com base no artigo 208 do Código Penal – Feliciano, e nem os cristãos que estavam no culto – não prestaram queixa contra Joana Palhares e sua companheira Yunka Miura que agora querem R$ 2 milhões de indenização.
Para a jornalista o ato de protesto das jovens lésbicas pode ser entendido não como um, mas três crimes:
“escarneceram de um líder religioso publicamente por motivo de suas crenças; interromperam uma liturgia e ainda por cima ofenderam um ato religioso, no caso o próprio culto.”
O artigo usado por Feliciano para dar ordem de prisão durante o culto afirma que é crime “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.
Por este motivo elas foram levadas para a delegacia, mas liberadas em seguida. Pedindo indenização por danos morais decorridos de “homofobia”, a dupla tenta ser reconhecida como vítima no episódio.
“Se houve ofensa no lamentável episódio do ‘beijaço’, ela não partiu dos cristãos, esses são os ofendidos”, disse
Sheherazade. A comentarista e apresentadora do Jornal da Manhã entende que o protesto não deveria
acontecer dentro de um culto religioso que é protegido pelas leis brasileiras.