Instituição social
Marcílio Caires
Diante da atual situação evidenciada no sistema educacional como um todo, principalmente o público, onde se constata muitas vezes o extravio do significado educativo da entidade de ensino e de suas finalidades, é viável uma análise pormenorizada da deficiência de tal Sistema diante da euforia tecnológica que vivenciamos, uma vez que, a escola normalmente secundariza (ou não lhe é oportunizada direcionar) suas ações no tocante a mobilizar toda sua estrutura para práticas que venham tornar mais dinâmico o ensino/aprendizagem, permanecendo estática diante das transformações sociais e tecnológicas.
A prática docente muitas vezes se esvazia por tentar estabelecer um processo crítico reflexivo de análise da realidade, pautado em velhos paradigmas educacionais em pleno século XXI. Ainda que a escola prive o direito de alunos estabelecerem de forma correta uma apreensão cognitiva fazendo uso dos velhos e novos meios informacionais, eles o farão de forma vazia fora da escola. Por este viés faz-se necessário uma mudança de postura, e adoção de novos modos de compreensão da ação educativa, ações inovadoras que adquiram um sentido de “novidade” ou quebra de rotina, instalando-se uma percepção de que a inovação garantirá a qualidade dos processos educativos produzidos pela escola. No entanto, tal inovação não deve se limitar à introdução de uma aparência modernizante e sim que seja sinônimo de mudanças mais qualitativas no trabalho pedagógico.
Torna-se pertinente lembrar que os avanços nos meios técnico-científicos são insignificantes se não estão acessíveis a grande maioria da população ou se esta não estiver instruída a utilizá-los a seu bem, continuará a existência das mazelas sociais ou, fazendo uso de uma terminologia hostil, estes meios continuarão a fomentar a “bestialidade da sociedade”, vez que a famigerada ideologia capitalista, por meio da indução de novas tecnologias, acaba por configurar novos