Instalação: análise
Com o objetivo de criar uma instalação, seja qual for o tema, o arquiteto tem que se preocupar não só com a volumetria, mas também com os elementos (utilidade, forma e beleza) e teorias arquitetônicas que existem para criar o espaço adequado ao projeto proposto. O tema que nos foi dado é periferia. Segundo o dicionário da língua portuguesa Houaiss, a definição de periferia é: 1.Superfície ou linha que delimita externamente um corpo, ou uma região do espaço; 2.Numa cidade, a região mais afastada do centro urbano. Entretanto, ao relacionar a palavra diretamente com algo concreto, o primeiro pensamento se direciona diretamente as periferias urbanas, ou seja, ao segundo conceito. O preconceito que existente sobre as mesmas é a imagem de um lugar degradado, abandonado politicamente, economicamente e socialmente. Pensando em vincular ambas as ideias, nosso projeto foi pensado de modo a representar o visual de uma periferia ao mesmo tempo em que demonstra o centro isolado e desenvolvido, evidenciando o contraste social, cultural e, principalmente econômico existente no país.
A Instalação e o Percurso
O percurso foi planejado em função do visual e do espaço que a periferia apresenta. Sendo uma instalação com dimensão em planta de 4x4 com uma estrutura central de 1,7X1,7, o intuito de entrada e a saída do percursor serem laterais uma a outra, obriga o indivíduo contorna-la o que representa a ideia de delimitar externamente um corpo. Além disso, ela contém uma poluição visual composta por vários atributos, como acúmulo de lixo, pichação e fios amontoados, além de ser composta por muitas vielas e construções sobrepostas, sendo que em grande parte das vezes são inacabadas e muito próximas, o que transmite a sensação de um espaço apreensivo, inseguro, opressor e caótico. De modo a representar tais características, a instalação apresenta caminhos estreitos, a fim de representar vielas existentes no subúrbio, pouco iluminados e com os atributos diários da