Neste artigo, serão examinadas algumas abordagens a respeito da inovação como processo, como modelo, além de aspectos relacionados à sua gestão. Para tal, serão abordadas as ideias de Kline e Rosenberg (1986) - que apresentaram um modelo de inovação denominado Chain-linked, no qual são ressaltados aspectos interativos e iterativos do processo de inova-ção; assim como as de Pavitt (2006) que, por seu turno, apresentou estudos empíricos sobre os processos de inovação, tendo em conta as dificuldades para generalização relativas à incer-teza inerente à inovação, bem como de outros autores que contribuíram com novos modelos, elementos e aperfeiçoamentos sobre a temática desenvolvida.Considerando que o tema “processo de inovação” encontra diversas referências na literatura, sua abrangência inclui a discussão sobre a validade ou não de um modelo linear de inovação (Kline e Rosenberg, 1986); a importância das inovações incrementais em comparação com as inovações radicais (Utterback, 1994); e a real necessidade de se controlar o processode inovação, ainda que se reconheça a importância de se efetuar o referido controle (Pavitt, 2006). O que se pode entender desses estudos é que o processo de inovação é bastante mutável e característico dentro de cada organização, e que nenhum modelo servirá a todos os casos.A fim de gerir as incertezas do processo de inovação, Kline e Rosemberg (1986) propõem um modelo que enfatiza as ligações existentes entre as atividades de pesquisa, as atividades industriais e comerciais. Destacam a importância da interação e do feedback em um processo organizacional, que pode ocorrer dentro de uma mesma empresa ou entre empresas diferentes. Os autores também criticam o modelo linear de desenvolvimento tecnológico e comentam sobre os diversos feedbacks para as equipes de desenvolvimento. Assim, ratificam sua posição de abandono de uma análise meramente linear da inovação tecnológica – que se baseie na sequência “pesquisa / desenvolvimento / pro-dução e