INICIAÇÃO AO AUTOMATISMO INDUSTRIAL

INICIAÇÃO AO AUTOMATISMO INDUSTRIAL
1 — INTRODUÇÃO SOBRE O APARECIMENTO DO “AUTOMATISMO”
No princípio do século, a produção industrial teve um aumento considerável, em especial devido às necessidades e exigências que a Grande Guerra (1914-1918) trouxe consigo.
Como consequência a produção de energia eléctrica aumentou também, assim como a sua aplicação nas mais diversas indústrias.
Findo o conflito, ficaram as nações beligerantes possuidoras de super-indústrias que inevitavelmente deveriam tornar-se rentáveis em tempo de paz. Daí, o aparecimento de novas técnicas de aplicação imediata.
Do corte e ligação directa de equipamentos pelos tão generalizados interruptores de facas, com fusíveis, passou-se aos circuitos de comando e à necessidade de se pensar também na protecção a esses equipamentos contra sobreintensida-des, variações de tensão, etc.
Foi a evolução, mais ou menos rápida, das novas tecnologia e as exigências que daí advieram que conduziu ao aparecimento do conceito de «automatismo».
Iremos pois tratar do automatismo aplicado a circuitos eléctricos de comando e dos diversos tipos de arranque de motores trifásicos.

2 — NECESSIDADES DO COMANDO AUTOMÁTICO
Podemos começar por recordar algumas das inovações que levaram progressivamente ao «automatismo».
Apesar das notáveis modificações que se introduziram nos interruptores, tais como ruptura brusca, contactos em banho de óleo, etc., estes apresentavam sérios inconvenientes quando utilizados em determinados tipos de trabalhos. Se, por exemplo, desejávamos comandar manualmente um motor de média ou grande potência a instalação desse tipo de equipamento criava algumas dificuldades.
Muitas aplicações industriais como, por exemplo, máquinas ferramentas, equipamentos de minas, iaminadores, pontes rolantes, etc., precisam da actuação conjugada de um grande número de motores para realizar uma determinada operação, sendo conveniente que possam ser comandados por um único operador situado numa «central de