Ingles
Sandra Kezen
O ensino de língua estrangeira no Brasil sempre foi discriminatório. Nosso sistema de ensino fundamental e médio, tanto público como particular, tem mostrado uma incapacidade de proporcionar um bom ensino de língua estrangeira. Por isso, tantos recorrem aos cursos de idiomas. Acreditamos que o ensino de língua estrangeira possa ser democratizante, mas isto exige uma redefinição de valores e comportamentos. O papel do professor e da educação, mesmo na era da informática, continua sendo importante. O acesso ao conhecimento torna-se, cada vez mais, uma das maiores exigências no campo da cidadania. No Brasil, esta necessidade aumenta, devido aos longos períodos de elitização educacional, exclusão e desigualdade social. Precisamos, conscientes de nosso papel, reverter esta tendência, com iniciativas que visem a extensão do acesso de outras camadas da população ao conhecimento de uma língua estrangeira, como uma estratégia de democratização do poder. Por isso é tão importante que professores de língua estrangeira levem a sério esta gigantesca tarefa que é levar o aluno à superação de preconceitos para levá-lo à inclusão social que nada mais é do que seu direito como cidadão deste país e do mundo.
DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À LÍNGUA ESTRANGEIRA
O conhecimento em língua estrangeira é hoje considerado um direito, um requisito para o exercício de uma cidadania plena, não apenas para os alunos em fase escolar, mas para a maioria da população. Entretanto, para que se viabilize como um instrumento eficaz nesta época em que se encurtam as distâncias físicas mas, em muitos casos, se aprofundam as distâncias sociais, é preciso pensar na construção de alternativas concretas que representem, na prática, iniciativas de democratização em todos os níveis, e, relevantemente, no campo do acesso ao conhecimento. A democratização do acesso à língua estrangeira