Ingles 26 02
No século 19 Victor Hugo disse que “quem abre uma escola fecha uma prisão”. O escritor Frances tem razão porque a escola abre os horizontes da criança ou de qualquer estudante, enquanto a prisão aperfeiçoa a criminalidade. Não é sem motivo que o Governo Federal aprovou a lei em que a criança deve ir para a escola aos quatro anos de idade. Essas crianças vão trocar as portas de casa ou até mesmo das ruas pelo ambiente escolar. Não importa se essa criança vai demorar alguns anos para ser alfabetizada, mas o importante é levá-la para o ambiente salutar da escola. Quanto mais cedo essa criança deixar o convívio das ruas menos adolescentes marginalizados vamos ver na sociedade. Porém, estamos vivendo uma inversão desta famosa frase. Vemos a cada dia crescer o número de penitenciárias enquanto escolas têm suas portas fechadas ou se encontram paralisadas por tempo indeterminado.
É inegável a relação direta existente entre a educação, seja ela básica fundamental ou superior, e a criminalidade. Uma forma de se entender a situação em que se encontra o sistema penitenciário brasileiro (bem como suas causas) se dá por meio da compreensão do estereotipo do preso brasileiro, analisando-se características tais como idade, gênero, situação financeira e escolaridade.
Verificando-se o último levantamento realizado pelo DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional), em junho de 2011, foi possível concluir que 46% dos presos brasileiros possuem como grau de escolaridade apenas o Ensino Fundamental Incompleto. O restante dos detentos se divide da seguinte forma: 6% são analfabetos, 13% apenas alfabetizados, 12% possuem Ensino Fundamental Completo, 11% possuem Ensino Médio Incompleto, 7% Ensino Médio Completo, 1% possui Ensino Superior Incompleto, 0,4% Ensino Superior Completo e 0,1% estão acima do Ensino Superior.
O crime relaciona-se, sim, com a falta de educação, pois, sem a esperança de uma vida melhor,