Já falamos da existência de variedades linguísticas. Nosso tema era, basicamente, a importância de considerarmos os diferentes usos que pessoas, grupos e povos fazem do inglês, na medida em que, ao nos aproximarmos dos usos que as pessoas fazem da língua, também estamos nos aproximando de diferentes culturas, de outras formas de ver mundo e de conceber os outros e as coisas. Temos dois tipos de variedades linguísticas: os dialetos e os registros ou estilos. Quando falamos de dialetos, nos referimos às variedades que ocorrem em função das pessoas que usam a língua (os sujeitos que elaboram os enunciados) e quando falamos de registros ou estilos, às variedades que acontecem em função do uso que se faz da língua (como nos dirigirmos aos nossos interlocutores, isto é, a quem os enunciados que elaboramos se destinam). Pode ser um exemplo de dialeto regional ou territorial o fato de os norte-americanos não usarem have got para expressar posse como o fazem os britânicos. Eles preferem fazer uso apenas do verbo to have. Nesse caso, temos um exemplo de dialeto porque vale o uso que os norte-americanos fazem da língua. Um exemplo de registro formal (que indica o grau de formalidade do texto) pode ser o uso de I look forward to hearing from you para finalizar alguns tipos de cartas e não I am looking forward to hearing from you, que serviria apenas para cartas informais. Nesse caso, temos um exemplo de registro porque vale adequar a linguagem ao interlocutor, ou seja, a quem a carta é endereçada. Nesse momento, vamos enfocar a questão dos dialetos regionais ou territoriais para conhecer um pouco mais das diferenças entre o inglês britânico e o norte-americano. As variedades linguísticas dialetais registradas até então podem ser classificadas em seis dimensões: a regional, a social, a de idade, a de geração, a de sexo e a de função. A dimensão regional procura enfocar a variação que ocorre entre pessoas de diferentes regiões onde se fala a mesma língua. É o caso do