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Segurança Informática nas PME: uma miragem...?

Só quando ocorre um problema grave é que os gestores constatam (da pior forma) a grande dependência que as suas organizações têm dos sistemas informáticos.

Qual é a empresa que actualmente não utiliza sistemas informáticos para facturar, gerir stocks, comprar ou processar os seus salários? Muito poucas, dirá qualquer pessoa minimamente conhecedora da realidade das PMEs portuguesas.

Por outro lado, a exposição constante à Internet; a existência de colaboradores cada vez mais conhecedores - e por consequência mais curiosos - e a proliferação de uma grande diversidade de tecnologias, fazem disparar os riscos informáticos aos quais uma empresa está sujeita. Apesar de tudo isto, as PMEs continuam a dedicar pouca atenção (e recursos) à gestão dos riscos informáticos. Isso parece pouco sensato, já que os impactos de alguns dos possíveis desastres podem ser devastadores para os seus negócios. Imagine-se um dia de um supermercado sem caixas registadoras (POS) a funcionar ou uma clínica sem acesso à agenda de marcação de consultas.

A gestão de risco, sejam eles informáticos ou de qualquer outro tipo, é um daqueles aspectos em que existe uma enorme diferença de práticas entre as Grandes e as Pequenas empresas. Quantas PMEs têm os seus riscos identificados, com as respectivas probabilidades de ocorrência e os impactos previstos determinados? Quantas auditorias internas ou externas foram realizadas em PMEs? Poucas se podem gabar de ter algum trabalho realizado nesta área. Ainda que as pequenas empresas estejam sujeitas a menos riscos, as grandes investem muitos recursos na prevenção dos seus riscos informáticos. Mesmo assim estamos constantemente a ouvir falar em quebras de segurança. Por exemplo, num sector tão sensível como a banca, ainda recentemente o Millenium BCP e a Caixa Geral de Depósitos foram notícia pela existência de problemas neste âmbito.

Claro que a maioria dos riscos não podem ser