Informações sobre nanopartículas
2) A formação da suspensão de ouro coloidal envolve a redução de Au3+ para Auº pela ação do citrato de sódio como agente redutor, resultando na formação de nanopartículas que possuem rede cúbica de face centrada, com tamanho de partículas definido pela concentração de citrato de sódio presente no meio. Além disso, a estabilidade desta suspensão é devida à presença de íons citrato que estão adsorvidos às superfícies das nanopartículas, mantendo a individualidade dos clusters metálicos e impedindo a aglomeração.
3) A molécula da mercaptopiridina possui um extremidade sulfidrila que é capaz de ligar-se bem no ouro por complexação, deslocando os íons citrato adsorvidos na superfície e contribuindo assim para desestabilização das nanopartículas pela perda de carga. Adicionalmente, a extremidade que possui o grupo funcional amina pode interagir com outras nanopartículas de ouro, facilitando ainda mais a agregação. Como resultado, quando as nanopartículas de ouro suspensas são tratadas com 4-mercaptopiridina, ocorre agregação e isso é facilmente identificado pela mudança de cor.
4) A origem da cor das nanopartículas de ouro está relacionada com o fenômeno de ressonância dos plasmons de superfície. O plasmon pode ser interpretado como uma onda oriunda da oscilação conjunta de elétrons em determinada superfície, no caso, do metal. Se um plasmon é formado, ocorre uma separação de cargas elétricas na partícula, decorrente dessa oscilação conjunta dos elétrons, ou seja, durante períodos relativamente pequenos de tempo, os elétrons se concentram mais em um sítio da partícula do que em outro. Como isso é energeticamente desfavorável, os elétrons tendem a se distribuir uniformemente pela partícula. Desse modo, surge uma força restauradora que contribui para a formação do plasmon que gera uma frequência de oscilação eletrônica interna na nanopartícula. Se essa frequência for igual