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São Mateus
Abril de 2012
1. Introdução
Comumente tem se utilizado o termo restinga para a denominação dos ecossistemas costeiros das planícies litorâneas de origem quaternária formada por cordões de sedimentos arenosos (Eiten,1992). Ecologicamente, a restinga tem sido definida como um conjunto de ecossistemas que mantém estreita relação com o oceano tanto em sua origem como nos processos nele atuantes (Silva,1990).
Algumas famílias do reino vegetal possuem a capacidade de interceptar e de acumular água e matéria orgânica em decomposição, mas em nenhuma outra família tal característica ocorre de forma tão eficiente quanto na família Bromeliaceae (Benzing & Renfrow 1974).
A capacidade de armazenar água esta relacionada com a forma de cone invertido e com a disposição espiralada e imbricada das folhas das bromélias (Picado 1913; Benzing & Renfrow 1974; Benzing 1980;Rocha et al. 2004), resultado de um processo evolutivo que possibilitou a estas espécies adaptarem-se e sobreviverem em habitats com as mais variadas condições ambientais (Medina 1974; Benzing 1980; Zotz & Thomas 1999).
As espécies-tanque de Bromeliaceae são integrantes de elevada importância para os ecossistemas em que estão inseridas, principalmente naqueles onde há pouca água livre disponível, tais como as restingas (Picado 1913; Lopez 1998; Rocha et al. 2000; 2004). Nestas formações, as bromélias possuem um papel importante como facilitadoras para o estabelecimento de outras espécies vegetais (Zaluar & Scarano 2000) e como incrementadoras da diversidade biológica, por promoverem recursos a diferentes grupos de animais (Rocha et al. 2000;2004).
A disponibilidade de recursos é um fator que limita a abundância e a riqueza de espécies nos ambientes (Begon et al. 2006). A morfologia e localização (exposição ao sol ou debaixo de uma sombra)