Influência do FSC
O fator de saturação de cal constitui um dos índices químicos mais utilizados na indústria cimenteira e correlaciona os óxido de cálcio (CaO), óxido de silício (SiO2), óxido de alumínio
(Al2O3) e óxido de ferro (Fe2O3).
FSC = CaO / 2,8xS1O2 + 1,18xAl2O3 + Fe2O3 x (100)
O grau de aptidão da farinha à clínquerização diminui com o aumento do FSC, pois, devido a um maior teor de carbonato (CaO), será acompanhado de um aumento das condições de queima para desenvolver a clínquerização, acarretando em função disto, um maior consumo de energia. Observa-se, freqüentemente na prática que uma diminuição do FSC, para valores da ordem de 95 – 97%, obtêm uma melhor formação do clínquer, com um menor consumo de combustível, a uma temperatura de calcinação mais baixa. Este fato implica numa redução da zona de máxima temperatura, em relação à zona de fase líquida, com conseqüente melhora na zona de nodulação do clínquer. Para um FSC>100, temos mais CaO que o necessário para reagir com os outros compostos. Desta forma sobrará CaO não combinado no clínquer denominado de CaO livre (cal livre). Na prática sempre temos cal livre. Cal livre inferior a 1% para um valor normal de FSC encarece o processo, levando a um maior consumo de combustível na queima da farinha. Entretanto, se a cal livre é baixa devido ao baixo FSC, temos neste caso, baixa formação de silicatos cálcicos e, conseqüentemente, baixa proporção de C3S no clínquer. A escolha de um FSC tecnicamente adequado e economicamente vantajoso representa um compromisso entre a seleção e a preparação das matérias-primas disponíveis e a obtenção de um clínquer dentro da composição projetada, com pouca cal livre e um consumo específico de calor satisfatório. Resumindo temos:
Alto FSC
1. Tende a formar clínquer mal queimado com maior teor de CaO livre;
2. Exige maior grau de finura da farinha para auxiliar na reação de descarbonatação e clínquerização; 3. Quando a CaO livre esta controlada,