Influ ncias de Lully e Noverre para o Bal cl ssico
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – ESCOLA DE BELAS ARTESLICENCIATURA EM DANÇA
Disciplina: Dança e Sociedade
Professor: Arnaldo Leite de Alvarenga
Aluna: Jéssica Aguiar Monteiro
Artigo I: Temática anterior ao século XX
As influências de Lully e Noverre para o Balé clássico
A ruptura com o velho e a inserção do novo, a relação entre técnica e expressividade são discussões atuais no estudo da dança. Entretanto, estes questionamentos sempre estiveram presentes na história, destacando-se em cada período um personagem que se sente incomodado com o comum e o antigo. Aliado a este sentimento e as necessidades do contexto histórico vivido, surgem figuras revolucionárias, que contribuem, pouco a pouco, para atual configuração do balé clássico. Dentro deste tema, é possível citar Lully e Noverre, homens importantes e distintos em suas contribuições para a arte do movimento, mas que marcaram seu tempo e deixaram obras e discípulos, os quais influenciaram na concepção moderna.
Jean-Baptiste Lully nasceu em Florença em 1632, compositor que viveu a serviço da corte francesa durante o reinado de Luis XIV. Acredita-se que ele era um talentoso violinista, apresentava habilidades para a dança, apesar de nunca ter aprendido, e possuía espírito cortesão, portanto soube encantar e adular o rei, a quem tinha por amigo.
A favor da soberania do rei sol todos os costumes franceses, bem como os espetáculos apresentados na corte eram preparados para a exaltação e divinização de
Luis XIV. Inserido neste contexto de adulação, Lully irá compor suas obras preocupado em agradar ao rei e ao público. Para tanto, exige-se uma perfeição técnica, tornando o gesto mais importante do que a emoção que o produz, ou seja, o reinado de uma dança mecânica. A fim de alcançar o virtuosismo desejado, há uma necessidade de recrutar profissionais da dança, o que faz o nível técnico ser elevado (Bourcier – 1987; p. 141).
Diretor da Academia Real de Música dotada de uma escola de dança e criador da
Ópera