Inflação na Economia

O papel da inflação na economia A hiperinflação pela qual o Brasil passou nos anos 80 levou a uma idéia geral de que a inflação é sempre um fator negativo. Algumas vertentes da economia, entretanto, afirmam que ela é necessária. Falando da inflação em pequena escala, um de seus efeitos é um aumento da dificuldade em renegociar alguns preços para valores mais baixos, o que é o caso de contratos e salários, fazendo com que seja mais fácil realizar um aumento geral de preços para que os preços relativos se ajustem. Como muitos valores são bastante inelásticos para baixo, e tendem a subir, qualquer esforço para manter uma taxa zero de inflação puniria outros setores através de redução de empregos, lucros e preços. Algumas escolas da economia também afirmam que manter preços em estabilidade absoluta poderia guiar ao “descontrole” da economia, alertado por Keynes em sua obra “Mundo das Ciências Econômicas”. O descontrole da economia é a recessão gerada devido à deflação, que estimula falências e concordatas. Além disso, a comunidade financeira diz que a inflação representa o “risco escondido”, o incentivo essencial para o investimento. A inflação, nesse caso, representaria a incerteza de algo que não existe verdadeiramente, pois, através da inflação, a moeda de hoje não tem o mesmo valor que a moeda de amanhã. Segundo alguns economistas, a inflação também provoca efeitos sobre a estrutura de produção da economia. Ela pode levar à redistribuição de rendas, à geração de desproporcionalidades e, quando diretamente no mercado financeiro, com investimentos ineficientes, pode levar às crises econômicas. Segundo Keynes, a inflação costuma ser resultado de políticas erradas para aumentar a disponibilidade da moeda, que deve sempre ter valor real. Entretanto, o governo contribui para o ambiente inflacionário com a variação dos juros, ou seja, as taxas sobre a moeda em circulação. Dependendo dessa variação, a inflação aumenta ou diminui, num ciclo que leva ou ao