INFERTILIDADE FEMININA RASTREIO DE INFEC O POR CLAMYDIA TRACHOMATIS

1381 palavras 6 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
FACULDADE DE MEDICINA

GÉSSICA LOPES MAGALHÃES

INFERTILIDADE FEMININA E RASTREIO DE INFECÇÃO POR CLAMYDIA TRACHOMATIS EM GRUPOS DE RISCO

Juiz de Fora – MG – 2014

RESUMO O objetivo deste manuscrito é fazer uma breve revisão da literatura sobre o rastreio de infecção por Clamydia trachomatis em mulheres em idade reprodutiva.
Considerando sua íntima relação com a doença inflamatória pélvica e a infertilidade tubária secundária, programas de rastreio com baixo custo tornam-se ferramentas essenciais na redução da morbidade, através do diagnóstico e tratamento precoces.

Palavras-chave: Clamydia – infertilidade tubária – rastreio.

INTRODUÇÃO

A doença tubária responde por cerca de 30% da infertilidade feminina, sendo a doença inflamatória pélvica (DIP) sua causa mais comum¹. Tendo em vista que a infecção pela bactéria Clamydia trachomatis é uma das principais causas de DIP, e que, em longo prazo, pode acarretar como sequela infertilidade tubária², seu reconhecimento precoce é de fundamental importância para a saúde reprodutiva feminina.
A infecção por Clamydia trachomatis entre mulheres sexualmente ativas é bastante comum, com prevalência de 11% na população com idade igual ou inferior a 19 anos³. Entretanto, a grande maioria das mulheres é assintomática, o que faz dessa infecção uma condição subdiagnosticada e indevidamente tratada. A infecção não tratada evolui com longa duração, levando a um aumento da morbidade entre as mulheres, assim como a ocorrência de reinfecções4. Há evidências de que o rastreio e o tratamento para cervicite por Clamydia em mulheres em grupos de risco pode reduzir a incidência de doença inflamatória pélvica (Nível de evidência 1b)5, e, consequentemente, de infertilidade tubária secundária.

RELATO DE CASO
Paciente do sexo feminino, MNS, 36 anos, casada, natural e residente em Juiz de Fora, encaminhada ao serviço de Ginecologia do

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