Indústria de Máquinas Têxteis no Brasil

Pavitt (1984) procura explicar as similaridades e as diferenças entre os setores industriais sobre, basicamente, a demanda dos usuários, a oferta dos fornecedores e as possibilidades de inovações que possam existir. De acordo com essa interpretação, as empresas das indústrias têxteis (fiação, tecelagem e confecção) podem ser caracterizadas como de fraca capacitação interna de engenharia e de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Ou seja, são classificadas como de baixa apropriação de vantagens tecnológicas. Como a fonte de tecnologia das indústrias são os fornecedores especializados, especialmente os produtores de máquinas e equipamentos, as firmas têxteis em geral estão relacionadas apenas à qualificação profissional, à construção de marcas de renome e à propaganda. A parte de desenvolvimento de novas tecnologias e equipamentos fica por conta das indústrias produtoras de máquinas têxteis.
As companhias que fornecem equipamentos especializados (e aqui se enquadram os produtores de máquinas têxteis) normalmente são pequenas e dependem de capacitações internas para melhorar projetos, a confiabilidade dos produtos e principalmente responder às necessidades dos usuários.
No segmento de máquinas têxteis, o processo de modernização internacional deu-se a partir da década de 1970, com a inserção da microeletrônica nas máquinas, que por sua vez se refletiu em diminuição dos níveis de emprego e aumento da produtividade. A partir daquele período, a tendência do setor foi de aumentar a automação em cada uma das etapas produtivas (Massuda, 2002).

O mercado de máquinas têxteis mundial é bastante concentrado em algumas regiões e os principais fabricantes estão localizados nos países desenvolvidos. Em geral, as firmas são bastante especializadas, concentrando-se em etapas específicas do processo têxtil. Por isso, as empresas de máquinas são pequenas quando comparadas a firmas de outras indútrias. Na quase totalidade, o faturamento anual e o número de funcionários das maiores