Indústria cultural
O termo indústria cultural surgiu com a Escola de Frankfurt, como consequência da Revolução Industrial que separou a sociedade em dois pontos opostos: o proletariado pobre e o proprietário rico, onde o primeiro era detentor da força de trabalho, enquanto o segundo era dono dos meios de produção. Porém, referir-se ao termo indústria cultural restringindo-se apenas à Escola de Frankfurt seria um erro, um exagero. Devemos analisá-la de um modo mais abrangente e amplo, como uma Teoria Crítica. Isso deve acontecer pela simples razão de que a Escola de Frankfurt está sempre associada ao marxismo, o que levaria a crer que a teoria da indústria cultural fosse a teoria da comunicação marxista. Contudo, o termo indústria cultural foi fortemente usado por Adorno e Horkheimer para ser contrapor ao termo cultura de massa. A indústria cultural pelo contrário, passava uma ideia de mercantilizarão, de coisificação da cultura e dos homens e, por isso, uma ideia eminentemente negativa. Em outra parte deste capítulo, são abordados estudos sobre a cultura, que são introduzidos pela premissa de que a cultura de nossos dias é uma cultura de massa. Sobre isso, Alan Swingwood (1978) dirá que a cultura de massa é um mito, porque o que existe de verdade é o domínio da classe burguesa. Em contraponto a esse pensamento, a escola de Birmingham, que apesar de concordar que exista uma dominação da classe burguesa, questiona a frase de Swingwood. A crítica é feita no sentido de que, muito não foi levado em consideração das manifestações legitimas daqueles que efetivamente não são os possuidores dos meios de produção. Ainda sobre a escola de Birmingham, o conceito de cultura é definido como um sistema de significações realizado (WILLIAM, 1992, P.206). Os teóricos dessa escola veem a tradição desses sistemas de significação como “relações contemporâneas em ação”. Sendo as significações já realizadas, pertencentes ao passado, e se as relações são contemporâneas, ou