Industrialização Brasileira frente a Hegemonia Britânica: Uma análise acerca do processo de formação da indústria nacional
INSTITUTO DE ECONOMIA
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Industrialização Brasileira frente a Hegemonia Britânica:
Uma análise acerca do processo de formação da indústria nacional
UBERLÂNDIA
2012
Introdução
A história da industrialização do Brasil está intrinsicamente ligada ao ciclo do café que abarca os séculos XIX e XX. Voltando a um período anterior, se referindo à época da colônia, o Brasil especializou-se na produção de gêneros agrícolas para exportação, a atividades mineradoras, a coletas de especiarias e criação de gado. Segundo Arruda, os empresários desse período não investiram diretamente na atividade industrial porque em primeiro lugar, o governo português proibia que houvesse o estabelecimento de manufaturas no Brasil para assim manter a população brasileira dependente da importação de produtos advindos da produção portuguesa e em segundo lugar, porque os europeus colonizaram o Novo Mundo com o propósito de obter matérias-primas tropicais a baixo custo. Diante desses aspectos verifica-se que mesmo se a coroa portuguesa deixasse com que se instalassem as indústrias, estas seriam por sua vez, um fator desestimulante para qualquer empreendedor, uma vez que quase todo o dinheiro na colônia era aplicado em terras, escravo, utensílios e bens de consumo importados. (ARRUDA, 1998) Com a proclamação da Independência, verificou-se que o Brasil ainda permaneceu com o trabalho escravo e exportador de gêneros agrícolas. Entretanto, mudou do domínio comercial português para o Inglês. Nesse sentido, Arruda aponta que:
Dom Pedro I renovou os tratados comerciais com a Inglaterra, os quais favoreciam a colocação de produtos industriais ingleses no mercado nacional. Além disso, o imperador estendeu esse privilégio a outra nações europeias, para conseguir o reconhecimento da independência brasileira.
Incapaz de competir com a produção estrangeira, a indústria nacional manteve-se numa situação bastante